A criação da Organização das Nações Unidas (ONU), há 80 anos, teve participação fundamental de uma brasileira: Bertha Lutz
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Bertha conseguiu incluir a igualdade de direitos entre homens e mulheres no tratado fundador da organização, a Carta da ONU
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A cientista, política e feminista integrou a delegação brasileira na conferência que fundou a ONU, de abril a junho de 1945
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Delegações de 50 países atuaram na formulação da Carta, em San Francisco (EUA). Dos 850 delegados, só 8 eram mulheres
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A Carta não mencionaria equidade de gênero. Bertha, porém, propôs a outras delegadas que se unissem pela inclusão feminina
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Delegadas de países influentes, como EUA, se opuseram, mas a brasileira conquistou o apoio das colegas latino-americanas
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O grupo enfrentou o preconceito e insistiu até conseguir pautar a discussão e aprovar a inserção das mulheres no tratado
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Em 26/6/1945, a Carta foi assinada, criando a ONU. Pela 1ª vez, um acordo internacional reconhecia equidade de gênero
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Graças a Bertha e aliadas, o texto diz, já no início, que as nações reafirmam fé "na igualdade de direitos de homens e mulheres”
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A garantia da participação feminina nos cargos da ONU em igualdade de condições também é fruto da ação do grupo
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Pioneira em muitas áreas, Bertha se destacou como bióloga, pesquisadora, advogada, deputada (1936–1937) e ativista
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Ela lutou pelo direito das mulheres ao voto, à educação, à ciência. Mas seu papel na diplomacia ainda é pouco divulgado
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Recentemente a ONU reconheceu a atuação de Bertha e passou a citá-la como responsável pela inclusão da mulher na Carta
Correio da Manhã/Arquivo Nacional
No Senado, a contribuição da brasileira é celebrada desde 2001, com a criação do Diploma Mulher-Cidadã Bertha Lutz
Edilson Rodrigues/Agência Senado
A cada ano, em março, o Diploma homenageia personalidades que se destacaram na defesa dos direitos das mulheres
Jose Cruz/Agência Senado
texto e edição Tatiana Beltrão pesquisa de fotos Bernardo Ururahy e Tatiana Beltrão edição de fotos e multimídia Bernardo Ururahy design web Mateus Mativi foto de capa Reprodução/Governo do Brasil
Publicado em 18/6/2025
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